domingo, 14 de junho de 2009

Oremos

As conversas sobre fé andam às voltas como beatas em joelhos. E raramente chegam a termo certo. Ainda bem, visto que o termo é o fim, e o fim não bate certo com a pretendida filosofia deste belogue, onde tudo se pretende que ande às voltas sem chegar a lado nenhum. A piada está no caminho e o caminho faz-se caminhando, assim como o texto faz-se escrevendo.
Mas enfiando a linha da conversa na agulha da fé (aqui o buraco da agulha também pode cruzar a parábola do camelo), começo por dizer que não acredito em transcendências. Nada que existe, existiu ou existirá tem, teve ou terá autoridade sobre a energia e a matéria ou qualquer outra entidade.

O que há, na realidade, é um (in)feliz acaso do "destino", um acidente de caminho, um erro aleatório qualquer que fez com que viéssemos todos aqui parar ao fim de todo um processo evolutivo. Por isso, se há coisa em que acredito (e se tiver que apostar a ficha da minha fé na roleta da racionalidade, vou por aí), é nos paradigmas científicos. Ou seja, acredito em algo que não tem valor estável, mas antes é plástico, mutável, frágil, arrebatado pelo conhecimento. Acredito na Biologia, e a Biologia treme a cada coisinha nova que se descobre sobre os vírus, os priões, as arqueobactérias...

Por outro lado, acreditar na Biologia, fazer dela uma "religião", enchê-la de pretensos "dogmas" é algo que se tem revelado muito útil na explicação de "tudo" o que existe de existencialidade no humano.

As grandes questões que o triste bípede tem feito desde que anda a palmilhar a terra, virando-se para cima à espera que o trovão traga a resposta, podem ser respondidas pela Biologia. Até mesmo as pequenas questões de retórica. Quando, para exemplificar algo que não pode ser definido por uma sequência temporal, alguém pergunta "o que apareceu primeiro, o ovo ou a galinha?". Pois arranjai outra expressão, pois para essa tenho a resposta. Sim, aquela que toda a gente gostava de saber. Eu sei! Sem falsas modéstias, sei!

Quereis saber, prezados leitores, estas e outras respostas aos problemas existenciais da humanidade? Consultai a Parte II deste post, quando me der na real gana de escrever mais. E só escrevo se comentardes no blog.

6 comentários:

Rui Valdiviesso disse...

O idiota do meu anjinho da consciência que se armou em corrector ortográfico, semântico e editor dos textos, diz que tenho ali uns erros e umas palavras repetidas e mais não sei quê.

Estou-me marimbando. A escrita está boa e saiu com certa fluidez. Quando isto for para editar um livro, vai haver gente que trata de corrigir tudo. Depois quem se ri sou eu.

Anónimo disse...

Estou à espera da parte II já que,aparentemente,muito há para fazer ai hehe Quero saber quais são as "novidades" da Biologia,essa ciencia magnifica.

VF

BM disse...

Olá. Entro em contacto, pois sou agente de vários escritores de nomeada e indagava-o se não precisaria de alguém como eu.
Ao ter um agente, tudo melhorará. O quinhão substancial dos lucros que reclamarei para mim impedi-lo-ão de ser infeliz, com excesso do vil metal.
Um bem-haja pela atenção, disponha sempre.

Rui Valdiviesso disse...

Caro BM,

Obrigado pelo contacto.
Vou pensar seriamente na sua proposta. Envie CV. O quinhão substancial da participação do agente nos custos das primeiras publicações é algo que me interessa. Outras coisas do meu interesse são a filatelia e numismática, pores-do-sol românticos e denúncias de contratos sob a ameaça de ciganos com barras de ferro apontadas às rótulas.

Com os meus melhores cumprimentos!

EmanuelCB disse...

É aqui que há gajas boas?

Rui Valdiviesso disse...

É! Volta sempre que à 534ª entrada neste belogue, aparece uma gaja boa no teu colo, a dar-te uma saladinha de fruta, um rebuçadinho e café com leite na boca.